A importância da formação como instrumento de desenvolvimento da competitividade

03-05-2012 12:08

A importância da formação como instrumento de desenvolvimento da competitividade

 

A área da Saúde, actualmente, convive com uma situação paradoxal, que se poderia resumir numa frase “encontram-se ou trabalhadores licenciados ou trabalhadores desqualificados”.

Na realidade, às profissões que tradicionalmente já exigiam a licenciatura, como por exemplo a área da medicina, da farmácia, da medicina dentária, vieram juntar-se outras áreas que também o exigem, sejam elas advindas de novas profissões, ou sejam profissões que emergiram de uma formação média para uma superior, designadamente na área da enfermagem, da fisioterapia ou mesmo os técnicos de farmácia.

No entanto, nas várias instituições de Saúde não trabalham só licenciados, porque a par destes profissionais, há um sem-número de outros profissionais que não detêm qualificação inicial na área da saúde, como exemplo o pessoal auxiliar em meio hospitalar.

 

É do conhecimento público que cada hospital conta com dezenas, e por vezes, centenas, de trabalhadores indiferenciados que prestam cuidados auxiliares de enfermagem e outros, sem que, para tal, tenham tido outra formação para além daquela que, eventualmente, o hospital lhes tenha proporcionado, sem que estejam definidos perfis de desempenho, objectivos, cargas horárias e modalidades de certificação.

Poderíamos, sem muitas dúvidas, estender esta situação aos consultórios médicos, clínicas, bem como a outro tipo de instituições de prestação de cuidados de saúde.

Importa sublinhar as circunstâncias de trabalho de todos os profissionais da área da Saúde, bem como a grande responsabilidade de tais profissões que lidam diariamente com a saúde e morte dos cidadãos, com os aspectos éticos e deontológicos que têm vindo a assumir uma extraordinária relevância. Estes profissionais lidam, muitas vezes, com pessoas fragilizadas, física e psicologicamente tendo de executar procedimentos técnicos, por vezes complexos, onde os erros se podem traduzir em consequências graves.

Face a este cenário, reconhece-se a necessidade de elevar as competências técnicas e a qualificação dos profissionais da área para um melhor desempenho das suas funções, pelo que urge desenvolver formação intermédia na área da Saúde, conferindo aos diversos tipos de profissionais a qualificação.

Neste contexto, a qualificação de Técnico/a Auxiliar de Saúde, de nível 3, permitirá colmatar a inexistência de formação de quadros intermédios nesta área, facultando aos jovens e aos adultos o desenvolvimento de competências e a obtenção de uma qualificação, necessárias para prossecução de uma carreira profissional na área da Saúde.